Maria Augusta Bárbara

Versão em Português:


foto: Anderson Lima


Release:

Maria Augusta Bárbara é uma autobiografia que se traduz em dança. É auto-referenciada nas experiências da intérprete junto à técnica do ballet clássico ao longo dos 20 anos da sua formação artística em dança, o que possibilita associá-la às metodologias de educação do corpo não só na dança, como também na sociedade atual, fazendo emergir possíveis leituras referentes a processos de alienação e disciplina. A obra propõe uma performance-instalação onde códigos da técnica clássica são desconstruídos pela desestabilização de três dos seus princípios mais recorrentes: o equilíbrio, a leveza e a verticalidade, na tentativa de criar contraste e promover reflexão crítica sobre as posturas corporais exigidas tanto na sua execução quanto nas regras de comportamento que a sociedade nos impõe.
Para promover a desestabilização desses princípios a intérprete insiste na repetição desses códigos até o estado de exaustão. Repetição e exaustão promovem, em contrapartida, o desequilíbrio, o peso e a ruptura com o eixo vertical. Deste modo, problematiza os procedimentos utilizados nos sistemas educacionais - sejam em âmbitos escolares, familiares ou artísticos - alcançando o objetivo primeiro da obra: questionar metodologias de ensino que condicionam o corpo e o submete à castração e ao adestramento em detrimento ao seu potencial criativo e à espontaneidade. Nessa direção, Maria Augusta Bárbara questiona as regras de comportamento que somos submetidos em vários âmbitos da vida social. Deste modo a obra pergunta até que ponto o sujeito tem autonomia para se posicionar diante desses procedimentos e evidencia lugares fronteiriços entre obediência e subversão.
A obra se realiza num período aproximado de 1 hora e por esse aspecto é entendida como uma performance-instalação, onde o público tem autonomia para entrar e sair do espaço onde ela se realiza, explicitando o lugar do fruidor enquanto participante da performance. 


foto: Filipe Ratz

Trajetória da obra:


Maria Augusta Bárbara foi apresentado pela primeira vez no Painel Performático da Escola de Dança da universidade Federal da Bahia em novembro de 2009. Além disso foi apresentado no Teatro Casa da Ópera na cidade de Ouro Preto (MG) durante o ENEARTE (Encontro Nacional de Estudantes de arte). No ano de 2011 realizou duas apresentações no Eschchloraque Rumschrump e na Performance Stammtisch, em Berlin, Alemanha. Além disso a artista foi convidada para compor a programação do Mês da Dança do Teatro Gamboa- Salvador/BA no mês de abril de 2012 onde serão realizadas duas apresentações nos dias 13 e 14. 

Ficha Técnica:

Performer criadora: Mab Cardoso
Designer de Luz: Milianie Lage
Colaborador: Giltanei Amorin 

Video de Maria Augusta Bárbara aqui

Breve Bibiografia da artista:
Mab Cardoso, 23 anos é graduada em Dança na Universidade Federal da Bahia. Atua como dançarina profissional na cidade de Salvador/BA desde 2002, além disso desenvolve pesquisa em Performance e Intervenção Urbana. No ano de 2011 através da Fundação Cultural do Estado da Bahia, realizou junto ao Coletivo TeiaMUV. o RAT (Residência Artística Temporária) na cidade de Berlin/Alemanha, pelo período de 40 dias, durante este intercambio a artista realizou as intervenções “Nave Pirata”, “Bananada” nas ruas e parques da cidade. Atuou durante o ano de 2011 como dançarina no projeto Laboratorium MAPA P2 patrocinado pelo VIVO LAB e pelo Governo do Estado da Bahia através do FazCultura, liderado pelo Grupo de Pesquisa Poéticas Tecnológicas/UFBA, coordenado pela Dra. Ivani Santana e pelo Laboratório de Vídeo Digital/UFPB (LAVID) sob a coordenação do Dr. Guido Lemos. 


Maiores informações sobre a artista: aqui


foto: Filipe Ratz


  
Versión en español

Sinopsis


Maria Augusta Barbara discute la formación del cuerpo en la sociedad y las relaciones de poder a la cual este está sometido. Para eso, la performer Mab Cardoso tomó como punto de partida sus experiencias en Ballet Clásico a lo largo de sus veinte años de formación en danza. Este acercamiento le permite asociar este tipo de formación a las metodologías de educación del cuerpo, no apenas en la danza, pero también la sociedad actual. Emergen de ahí posibles reflexiones referentes a los procesos de alienación y disciplina. La performer se apropia entonces del espacio haciendo de la performance un acuerdo constante entre cuerpo y ambiente, donde el ambiente hace reverberar sus acciones.



Trayectoria de la obra

Maria Barbara Augusta fue creado en 2009 en el Painel Performatico de la Escuela de Danza de UFBA. En 2010 se presentó en el Teatro de la Ópera, en Olinda – Pernambuco. En 2011 se presentó en el encuentro mensal de performers Performer Stammtisch y en Eschschloraque Rümschrümp Pub/Bar en Berlín, Alemania.

Biografía del artista

Mab Cardoso tiene el grado en Danza por la Universidad Federal de Bahía. Actúa como danzarina profesional desde 2002 y también desarrolla una pesquisa en Performance e Intervención Urbana. En el verano de 2011, junto al Colectivo TeiaMUV, desarrollará una Residencia Artística Temporal (RAT) con la subvención de la Fundación Cultural del Estado de Bahía. En Berlín realizó diversas intervenciones como “Nave Pirata” y “Bananada”, además de presentar su solo “Maria Augusta Bárbara” en el encuentro Performer Stammtisch Performer y en el Pub/Bar Eschschloraque Rümschrümp (Berlin, Alemania). 

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